em construção










































































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2014-2017

extrato fotográfico de um arquivo que conta com aproximadamente 3500 fotografias catalogadas, estudos de caso, e que juntos, configuram uma video-projeção de mesmo nome, X.














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X - marca um lugar no espaço

X - vigésima quinta letra do alfabeto

X - nome de sinal de incógnita nos cálculos. adjetivo de quantidade, aquele que se desconhece ou é indiferente. No séc. 16 a.C, os egípcios desenvolveram uma álgebra muito elementar que usaram para resolver problemas cotidianos relacionados com a distribuição de alimentos e materiais, sendo X = coisas
. Vejo e experimento a cidade como uma obra em processo. Nela, comecei a observar um tipo de objeto que estabelece uma dinâmica peculiar no entorno urbano: sua principal função é reservar um espaço para que um carro não estacione - para que outro se estacione ali (¡) .
As imagens foram feitas principalmente na Cidade do México - quando me deslocava pela cidade - e em outros estados da república. Em espanhol, a letra X se pronuncia 'equis' o que na definição informal, gíria significa 'nulo' , 'comum' , ' qualquer' , 'ordinário' , 'nem bom nem ruim' 'tanto faz' , 'whatever'. Além de tirar as fotos, converso com as pessoas - sempre que possível - para saber como chamam os objetos, como os julgam. Na maioria dos casos, seus nomes são apenas descritivos: se são pedras, pedras. Se são garrafas, garrafas. Cavaletes, cavaletes; lá, 'caballitos'.
Para mim, a idéia de que uma garrafa plástica - cheia de urina - regula um espaço, é encantadora.
Os "X", como os chamo, são uma forma de desobediência civil, nos remetem, em suas próprias formas, a elementos típicos de resistência, ocupação, apropriação de território, nos revelam como fincamos nossas bandeiras. São objetos fora da lei e que ao mesmo tempo são soldados, centinelas, tropas, exércitos inteiros. São também trabalhadores incansáveis, alguns adormecem pela noite. A cidade, por sua vez, oferece a matéria prima para a construção dos mesmos, através dos restos de coisas, latas, paus, pedras, pedaços de cimento, restos de asfalto. Também são peças escultóricas, algumas vezes performáticas, quem sabe falam do sentido de humor e improvisação de quem as cria.